19 julho, 2009

Retomando o blog, pela milésima vez.

Aí eu peguei e nasci. E a partir daí eu não sei muita coisa, mas vou tentar. Tenho dezoito (de-zoi-to) anos de vida, uns quinze ainda mentalmente (embora às vezes pareço ter uns trinta e outras sessenta), e treze de experiência.. É, treze, porque simplismente não lembro nada que me ocorreu antes dos cinco anos. E eu sei que foi a partir dos cinco porque a primeira imagem que tenho em mente de alguma coisa é a minha festinha de aniversário com uma vela de número 5 em cima do bolo. Nessa idade minha mãe precisava mentir que era secretária da escolinha que eu estudava, senão eu não ficava lá. Aliás, eu não ficava sem minha mãe nem segundo se quer, por onde ela ia, me tinha grudava nas calças (LITERALMENTE!). Passei uns três anos guardando o resto de comida do prato para o "totó", e lá vai a coitada da minha mãe deixar a comida no formo até o fim do dia e depois jogava fora. Eu ainda, no dia seguinte, perguntava pra ela onde estava o resto da comida do dia anterior, aí ela afirmava que tinha dado para o "totó" e ficava tudo bem. O problema é que eu nunca tive um "totó" e até hoje eu não lembro que ideia eu formava na cabeça com essa história toda. Sempre odiei a Xuxa e passava o dia inteiro assistindo Rá-Tim-Bum, Castelo e Cocoricó se me deixassem. Sonhava em ser loira e passava o dia todo com um moletom amarelo na cabeça por causa disso. Também teve a fase que eu ficava com uma tiara no rosto, imitando o microfone da Sandy.
Sempre fui da turma dos meninos nas escolas, joguei areia na casa vizinha da escolinha e a polícia foi chamada. Mandei a professora tomar naquele lugar na quarta série e a diretora deu razão para mim. Cometi vandalismo quebrando os vidros de casas abandonadas que tinham ao lado do colégio aos treze anos e quase fui expulsa. Além da "turma dos meninos", eu sempre fiz parte da turma do fundão, mas juro que só peguei uma recuperação durante minha vida escolar inteira. Não que isso tenha me feito mais inteligente porque eu não escapei do cursinho, no qual eu sento na primeira fileira, tentando incubrir meu passado "fundão", vai que dê certo.
Sou muito indecisa, em tudo, e sofro muito com isso: sempre deixo as coisas sem acabar por querer começar outra, quase nunca assisto um programa de TV por completo por querer ver o que tá passando no outro canal, e livro então, eu perdi as contas de quantos eu cheguei só até a metade e parei; sem contar que isso me atrapalha muito nas relações pessoais, mas deixa pra lá isso. Ainda não decidi no que quero me graduar. Já pensei em Direito e cheguei até em Letras, passando por Jornalismo e prestando Relações Públicas. O que eu sei mesmo é que um dia em ainda faço Artes Cênicas e vou ser feliz vivendo da arte. Não sou boa com números, em nenhuma situação, seja numa equação de segundo grau até com horas, dias, temperatura, e tudo que o envolva.
Ainda faço um mochilão, escrevo um livro e aprendo a tocar violão (não necessariamente nessa ordem). Ainda vou ter três filhos, duas meninas e um menino, e se der na telha, eu ainda me caso de véu e grinalda na praia. Ainda vou para o Caribe tomar uma água de coco, ainda paro de roer unhas de vez e ainda esqueço aquele amor antigo. Dizem que a melhor maneira de saber se você está preparado para sustentar e cuidar com carinho de um relacionamento com alguém, é só cuidar de um peixe e tentar mante-lo vivo por mais de três meses. Coitado do meu beta, durou um mês e tenho certeza que tinha feito tudo certo, dado comida como o recomendado, atenção sempre que podia e trocado a água do áquario com o maior cuidado. Mesmo assim o beta morreu, e não tem como não me culpar, ele era meu, só eu mexia nele, alguma coisa de errado eu fiz para que ele morresse (fez sentido a história "beta x relacionamento" e descobri que eu realmente não estava preparada, vou comprar outro beta por esses dias, depois eu conto que fim deu).
Sofro de gastrite nervosa, de rinite alérgica, de miopia e por antecipação. Sou neurótica com calorias e já passei maior perrengue com dietas loucas e neurose exagerada por conta disso. Hoje tá tudo bem, ainda sou compulsiva com comida, belisco o dia todo qualquer tipo de alimento, mas não deixo mais com que isso tome conta da minha vida. Sou louca por chocolate e qualquer tipo de pão e "tirem a granola da minha frente, antes que eu acabe com o pacote, obrigada". Vegetariana há um ano e meio, não das radicais, mas sou, e sinto uma baita vontade de comer presunto.
Apaixonada por música brasileira, mas escuto de tudo um pouco, dependendo da ocasião. Me fascino com Clarice Lispector e choro de rir com Friends. Leio quantas vezes forem preciso Machadão e seu "Dom Casmurro", e a história linda da Valéria Polizzi com o "Depois daquela Viagem" já virou de cabeceira.
Já fiz natação, sapateado, balé clássico (juro), pilates, musculação, teatro e dança contemporânea. Parei todos em um ano no máximo e hoje eu me encontro sedentária, mas procurando uma lugar para uma yoga. Preguiçosa, sonolenta, me irrito fácil e falo muitas vezes sem pensar, e falo muito. E escrevo muito também, tenho mania e sou prolixa. Mas como procuro sempre perfeição em tudo, apago mil vezes tudo o que escrevi. E nesse texto eu já fiz isso milhares de vezes e estou com medo de fazer de novo. Então vou parar por aqui e é isso. Sou morena, tenho 1.70 de altura e peso não se pergunta para um mulher. Qualquer coisa manda um #beijomeliga nos meios de comunicação que me dominam (Orkut, MSN, Twitter ou aqui no blog mesmo) que estamos aí.